Fotografia que integra a documentação reunida pelo Comando da Aeronáutica sobre o polêmico "Caso Barra da Tijuca", quando se afirmou a existência de um objeto voador não identificado sobre o bairro do Rio de Janeiro, em 1952. — Foto: Arquivo Nacional
Vídeos, fotos e documentos de objetos voadores não identificados, os óvnis, chamam atenção pelo "mistério" acerca do tema, isso porque eles geralmente são associados a seres alienígenas. Cerca de 800 desses registros foram feitos pela Força Aérea Brasileira (FAB) e estão disponíveis pública e gratuitamente no Arquivo Nacional (veja mais abaixo como acessar o material).
"O Arquivo Nacional Brasileiro possui um dos maiores acervos ufológicos de todo o mundo", aponta o ufólogo Thiago Luiz.
?? Ufólogo: especialista em ufologia, estudo dos objetos voadores não identificados.
O Arquivo Nacional diz que possui um acervo que trata da temática de objetos voadores, com documentos produzidos no âmbito das atividades da Força Aérea Brasileira (FAB). A FAB completa que os documentos apresentam fenômenos aéreos não identificados, registrados entre 1952 e 2023, mas afirma que não realiza estudos e análises acerca do tema.
O especialista Thiago Luiz Ticchetti, ufólofo há mais de 30 anos, explica que os registros não se tratam, necessariamente, de extraterrestres.
"Tudo que você vê no céu e não consegue uma explicação, não consegue falar que é um avião, helicóptero, satélite, você chama de óvni. Mas importante: nem todos os óvnis podem se tratar de uma aeronave extraterrestre", diz Thiago Luiz.
A Força Aérea Brasileira (FAB) diz que documentos, vídeos, fotografias e relatos de óvnis transferidos para o Arquivo Nacional e são de domínio público. A FAB ainda afirma que "não realiza estudos e análises acerca do tema, apenas cataloga as informações prestadas por terceiros e as remete, periodicamente, ao Arquivo Nacional".
O envio desses documentos está previsto na Portaria do Comando da Aeronáutica nº 551/GC3, de 09 de agosto de 2010.
"O Comando da Aeronáutica recebe, registra, cataloga e encaminha as ocorrências para aquele órgão, onde serão disponibilizadas para consulta", diz a FAB.
Documento elaborado pelo Grupo Executivo para Implantação do Campo de Provas Brigadeiro-do-Ar Haroldo Coimbra Velloso – GEICAMP sobre a aparição de objetos voadores não identificados em Cachimbo (PA), 23 de julho de 1997. — Foto: Arquivo Nacional
Para acessar os arquivos basta seguir os seguintes passos:
Comunicação de ocorrência de objeto voador não identificado entre Paracatu e Cristalina, São Paulo e Brasília, em agosto de 1978. — Foto: Arquivo Nacional
Antes do primeiro recolhimento ao Arquivo Nacional, os documentos da FAB encontravam-se sob a guarda do Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica.
Desde 2008, o Arquivo Nacional no Distrito Federal recebe da aeronáutica material relativo a objetos voadores não identificados (óvnis).
Ilustração elaborada a partir de relatos de aparição de objeto voador não identificado em Marília, São Paulo, agosto de 1968. — Foto: Arquivo Nacional
O ufólogo Thiago Luiz explica que após investigações, registros podem ser identificados fenômenos naturais ou um até um avião. Para ele, os registros do Arquivo Nacional são de extrema importância para provar a veracidade de fenômenos desconhecidos.
"Normalmente, os óvnis são associados a extraterrestres. E essa é, na minha opinião, uma relação negativa. Porque óvnis, como a própria sigla diz, são objetos voadores não identificados", afirma o ufólogo.
Thiago Luiz, no entanto, destaca que a ufologia também busca realizar pesquisas sobre a existência de seres extraterrestres. "Quem nunca desejou ver um disco voador ou um extraterrestre", questiona.
Fonte: g1