A polícia prendeu, na manhã desta quinta-feira (18), integrantes de uma quadrilha que furtava carros de luxos de locadoras de veículos no Rio de Janeiro. Em seguida, os veículos eram clonados e vendidos.
De com a investigação, os suspeitos faziam cópias da chaves, instalavam um rastreador e, quando o veículo era novamente alugado, eles furtavam o carro, tiravam o GPS da locadora para cloná-lo e vendê-lo a milicianos.
Segundo a polícia, carros avaliados em mais de R$ 100 mil eram vendidos por R$ 15 mil nas redes sociais.
Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) saíram para cumprir 10 mandados de prisão e 23 de busca e apreensão contra uma quadrilha especializada em furtar veículos alugados de locadoras.
Os mandados estão sendo cumpridos por policiais da 21ª DP (Bonsucesso) em Campo Grande e Jacarepaguá, bairros da Zona Oeste do Rio.
Até às 7h30, ao menos 7 pessoas haviam sido presas: entre elas o chefe da quadrilha. Ele foi encontrado em casa, em Campo Grande.
Os investigadores descobriram que um dos investigados ia até as empresas de locação de veículos e alugava o carro.
O veículo era levado para endereços de outros integrantes da quadrilha, onde era instalado um rastreador. Depois, eles iam até um chaveiro integrante da quadrilha para fazer uma chave reserva do carro.
Pouco tempo depois, o veículo era devolvido e os criminosos passavam a monitorá-lo, até que o carro fosse alugado por uma terceira pessoa, sem ligação com os bandidos.
Agentes da 21ª DP (Bonsucesso) na casa de um dos suspeitos — Foto: Luana Alves/TV Globo
Com o rastreamento em tempo real, os criminosos aguardavam o momento propício, geralmente com o veículo estacionado em locais públicos e de grande circulação e, de posse da chave reserva, o roubavam.
De posse do veículo, ele era rapidamente levado para endereços utilizados pelos criminosos onde eram realizadas as adulterações de seus sinais identificadores [clonagem].
Ainda de acordo com a polícia, esses veículos eram, posteriormente, vendidos abaixo do mercado em sites de veículos. Os bandidos também faziam cópias de manuais, chaves reserva, carimbos de concessionárias e etc..
Os bandidos vendiam os carros para outros estados e para o Paraguai.
A investigação aponta também que, alguns dos veículos eram levados para desmanche onde suas peças eram retiradas e posteriormente comercializadas.
De acordo com a Polícia Civil, os criminosos tinham ligação com a milícia da Zona Oeste, que atua em Campo Grande, fornecendo aos milicianos os veículos clonados. Os paramilitares pagavam os valores em armas e dinheiro.
A investigação começou em 2023, após a polícia encontrar 3 desmanches na Zona Oeste. No local, os investigadores encontraram seis homens retirando peças de vários carros.
Fonte: g1