Após uma discussão por ciúmes, Renan dos Santos, de 23 anos, matou a golpes de espada sua esposa, Luana Meirelles, de 28 anos, e sua ex-namorada, Ana Júlia Ribeiro, de 22, segundo a investigação da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). Veja abaixo o passo a passo, conforme informações da investigação:
Ana Júlia foi socorrida e levada ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas faleceu dois dias depois, em 21 de setembro. Imagens divulgadas pela PC-GO mostram Renan invadindo o local de trabalho de Ana Júlia e dando diversos golpes de espada nela (assista acima).
Renan foi preso após confessar que cometeu os crimes e a Justiça manteve sua prisão em audiência de custódia no dia 20. Em nota, o advogado Paulo Sérgio, que atua na defesa de Renan, informou que acompanha o inquérito policial instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina.
LEIA TAMBÉM:
Luana Meirelles (à esquerda) e Ana Júlia Ribeiro (à direita) foram mortas por Renan dos Santos (centralizado), segundo a polícia — Foto: Reprodução/Redes Sociais
"Ele golpeou a companheira com uma arma branca de fabricação caseira. Após ter matado a companheira, ele seguiu até o trabalho de outra mulher [a ex], que teria sido o motivo da discussão, e também a golpeou diversas vezes", explicou o delegado Daniel Moura.
Renan dos Santos usou uma arma branca de fabricação caseira, semelhante a uma espada, para cometer o crime, segundo o delegado. Segundo o delegado Daniel Moura, Renan já possuía a arma há alguns anos, mas não há informações sobre como ele a adquiriu.
Renan dos Santos confessou ter matado a esposa e a ex-namorada em Edéia, Goiás — Foto: Divulgação/PC-GO
A prisão aconteceu no dia 19 de setembro. Os policiais civis de Edéia prenderam em flagrante Renan e ele foi autuado por feminicídio. O jovem segue preso e está à disposição da Justiça.
A Justiça manteve a prisão de Renan após audiência de custódia no dia 20 do mesmo mês.
Luana Meirelles e Ana Júlia Ribeiro foram assassinadas em Edéia, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Luana Meirelles, de 28 anos, era uma mãe dedicada e sonhava em ser psicóloga, conforme contou sua prima, Gisane Alves. “Ela era muito trabalhadora, amava demais os filhos. Não tinha tempo ruim para ela, era difícil vê-la triste”, desabafou Gisane.
A jovem Ana Júlia Ribeiro, de 22 anos, foi descrita pela empresa em que trabalhava como uma pessoa humilde e sempre disposta a ajudar. "Seu legado de simplicidade e generosidade viverá em nossos corações [...] Sua bondade e simplicidade conquistaram todos que tiveram o privilégio de conhecê-la", escreveu a empresa nas redes sociais.
Renan dos Santos Moraes prestava serviços para a Prefeitura de Edéia, cidade onde o crime aconteceu, no sul do estado. Segundo o delegado Daniel Moura, Renan matou as duas a golpes de espada após uma discussão motivada por ciúmes.
Na prefeitura, Renan trabalhava com serviços gerais. Em suas redes sociais, o prefeito José Wagner informou que o rapaz era funcionário da "administração" e repudiou o ato de violência que resultou nas mortes. O gestor público afirmou que tal conduta é inaceitável e o enche de indignação.
Em seu perfil pessoal, Renan destacava a relação com Luana em sua biografia. Além disso, ele mantinha um perfil nas redes sociais onde compartilhava conteúdo sobre seu carro, customização de faróis e instalação de peças.
Segundo o delegado, Renan confessou os crimes com frieza. Gisane Alves, prima de Luana, contou que o relacionamento da vítima com Renan era conturbado. Ela disse que o rapaz era ciumento e fazia chantagem emocional com a esposa quando o relacionamento terminava.
“Quando eles terminavam, ele ficava ameaçando tirar a própria vida, dizia que não estava bem e não estava comendo. Eles já tinha terminado algumas vezes, mas ele não aceitava o fim”, contou Gisane.
Renan passou por audiência de custódia e foi decretada a sua prisão preventiva.
A defesa, nesse momento, acompanha o inquérito policial que foi instaurado, buscando a garantia de que ele responda o processo na forma que a lei determina.
Fonte: g1