O homem que matou por esganadura a vizinha de 22 anos na quarta-feira (2), em Aguaí (SP), já tinha assassinado outras 3 pessoas, segundo a Polícia Civil. Entre as vítimas está uma mulher que foi degolada, em Itobi (SP).
Edilson Martins de Oliveira, de 34 anos, foi preso com um facão após tentar fugir. Segundo a Polícia Civil, ele é "extremamente agressivo" e umas das linhas de investigação é que o crime tenha sido cometido por ódio.
O g1 reuniu 4 pontos sobre o que se sabe sobre o crime:
De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, uma equipe foi chamada na madrugada desta quarta-feira (2), por volta de 0h30, para prestar apoio à Guarda Civil Municipal (GCM) sobre um homicídio na Rua Vereador José Bordin, na Vila Regina.
Segundo a GCM, um homem contou que o irmão Edilson Martins de Oliveira ligou para ele e disse que havia acabado de cometer o crime.
Equipes da GCM, PM do SIG foram ao local e encontraram o homem com o corpo coberto de sangue e segurando um facão. O suspeito tentou fugir, subindo pelos telhados das casas.
Os policiais montaram um cerco e fizeram buscas pelos arredores, incluindo telhados e terrenos baldios nas proximidades do local do crime.
Mulher é morta com golpes de facão em Aguaí — Foto: Sagui Florindo/Gazeta de Aguaí
Os policiais foram informados por um vizinho que a moradora de uma casa ao lado, que trabalhava em uma empresa local, não havia sido vista naquele dia.
Ao verificar a residência, a equipe observou que a porta estava aberta e as luzes apagadas, o que levantou suspeitas. Diante disso, foi necessário entrar na casa, com a presença de um parente do suspeito.
Dentro da residência, a equipe encontrou marcas de sangue no chão e, no último cômodo, localizou o corpo de Maria Aparecida Pereira Alves. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito no local. A Polícia Civil afirmou que ela morreu esganada.
Após os policiais encontrarem o corpo, as buscas pelo suspeito foram retomadas. Ele foi localizado em uma casa vizinha e tentou fugir novamente.
O suspeito foi contido com o apoio da GCM, sendo necessário o uso de força devido ao seu estado de agressividade e risco que representava.
Maria Aparecida Pereira Alves foi assassinada em Aguaí — Foto: Reprodução/Facebook
Maria Aparecida Pereira Alves tinha 22 anos e era auxiliar de produção do setor de teares em uma indústria têxtil.
A empresa Pack Bag lamentou a morte nas redes sociais e afirmou que ela era uma profissional dedicada e estimada. "Aos familiares e amigos de Maria Aparecida, os nossos mais profundos sentimentos de paz e conforto".
O corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de São José do Rio Pardo. A necrópsia vai apontar se ela foi vítima de violência sexual. Ainda não há informações sobre local e horário de velório e sepultamento.
Maria Aparecida Pereira Alves foi morta por esganadura em Aguaí — Foto: Reprodução/Facebook
Edilson Martins de Oliveira, de 34 anos, foi preso e encaminhado ao Plantão Policial, onde permaneceu preso. Ele deverá passar por audiência de custódia nesta quarta-feira. O homem não apresentou advogado de defesa.
Edilson Martins de Oliveira foi preso suspeito de assassinar mulher em Aguaí — Foto: Sagui Florindo/Gazeta de Aguaí
O delegado seccional de São João da Boa Vista, José Gonzaga Pereira da Silva Marques, disse que este é o quarto homicídio de Edilson e o definiu como uma "pessoa de temperamento extremamente agressivo".
Segundo o Setor de Investigações Gerais (SIG), o suspeito já havia sido preso em 2013 após ter matado uma mulher degolada em Itobi (SP). Não há informações sobre as outras duas vítimas dele.
O delegado afirmou que ele cumpriu 'longos anos de cadeia' e estava há pouco tempo em liberdade. O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça para saber a situação judicial dos outros crimes de Edilson e o resultado da audiência de custódia e aguarda posicionamento.
O caso foi registrado como feminicídio. A polícia trabalha com a hipótese de que ele cometeu o crime por "razões de ódio que mantinha com a vizinha, mesmo porque não tinha com ela nenhuma relação pessoal", afirmou o delegado.
Fonte: g1