Um homem foi preso, nesta segunda-feira (18), suspeito de aplicar o golpe do "falso consórcio" em Salvador. Diego Vinícius Costa Cruz é acusado de enganar pelo menos 35 pessoas.
De acordo com a Polícia Civil, que cumpriu os mandados de prisão preventiva, ele responde por estelionato, apropriação indébita e associação criminosa por vender cartas de consórcio falsificadas.
Uma das vítimas é um vigilante, que juntou dinheiro por três anos para comprar um carro em outubro de 2023. Lesado, o homem busca reverter o prejuízo de R$ 26,5 mil que teve com o negócio.
Diego Cruz foi preso suspeito de aplicar 'golpe do consórcio' em Salvador — Foto: Reprodução/TV Bahia
"Ele [Diego] passou o termo, transferências, o extrato, mandou reconhecer firma e tudo mais. Aí o tempo foi passando, passando… Eu consegui entrar em contato e me informaram que não existia nenhuma carta de crédito contemplada no meu nome, e sim dois consórcios", lamentou o homem, que preferiu não se identificar.
Ele acredita que o suspeito tenha usado seus dados para abrir o consórcio.
"Até hoje, não recebi nenhum centavo. Aí estou no prejuízo: sem carta de crédito, sem carro, sem dinheiro, sem nada".
Desde 2019, o suspeito acumula processos por estelionato. Em contato com a TV Bahia na delegacia, Diego Cruz admitiu os golpes e revelou os nomes usados pela empresa — títulos, endereços e até CNPJs eram alterados à medida que as queixas eram feitas.
Atualmente, o consórcio se apresenta como Global Intermediação Veicular. Antes disso, alguns nomes usados foram:
Embora Diego tenha sido o único alvo de prisão na operação, a polícia acredita que ele não agia sozinho. "Havia funcionários, membros da própria família dele atuavam conjuntamente, o que evidencia associação criminosa", ressaltou o delegado-adjunto da 11ª Delegacia de Polícia, Jackson Oliveira.
Os agentes cumpriram ainda cinco mandados de busca e apreensão nos bairros de Castelo Branco e Brotas. Foram apreendidos um carro, uma moto, uma maquineta de cartão de crédito, duas chaves de carro, um celular e um notebook, além de documentos relacionados a consórcios.
Os itens passarão por perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Já o suspeito segue à disposição da Justiça.
Fonte: g1