Em uma operação realizada nesta terça-feira (3), a Polícia Civil prendeu 7 dos 13 palmeirenses acusados de participar de uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro.
Os policiais ainda buscam cumprir outros 6 mandados de prisão temporária contra integrantes da torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras.
Na emboscada, que aconteceu em 27 de outubro, um torcedor da Máfia Azul morreu e outros 17 cruzeirenses ficaram feridos.
No total, a Justiça decretou as prisões temporárias de 20 palmeirenses identificados pela polícia por envolvimento no episódio. Desses, dois acusados já estavam presos. Com os 7 presos nesta terça, restam 11 procurados.
Participam da operação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP) 66 policiais e 25 viaturas da Polícia Civil, que também cumprem 25 mandados de busca e apreensão em seis cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
As cidades alvo da operação são a capital paulista, Bragança Paulista, Osasco, Carapicuíba e Santana do Parnaíba.
A investigação faz parte do inquérito policial que investiga a emboscada sofrida pelos cruzeirenses na rodovia Fernão Dias, no final de outubro, em Mairiporã.
Os palmeirenses usaram pedaços de paus, pedras, barras de ferro e rojões. De acordo com a Polícia Civil, a Mancha queria se vingar da Máfia por uma briga que perdeu em 2022 em Minas Gerais.
O DHPP analisou vídeos da emboscada, gravados pelos próprios palmeirenses que foram postados nas redes sociais, e identificou ao menos 18 membros da Mancha pelo ataque.
Palmeirenses Alekssander Ricardo Tancredi e Jeovan Fleury Patini — Foto: Reprodução
Quem for identificado e preso será indiciado pelo DHPP por participar do homicídio do cruzeirense José Victor Miranda. Também será responsabilizado criminalmente por lesão corporal devidos aos ferimentos causados nos outros torcedores do Cruzeiro. E ainda serão punidos por dano, tumulto e associação criminosa no contexto da Lei Geral do Esporte.
É o caso dos palmeirenses Jeovan Fleury Patini e Alekssander Ricardo Tancredi, presos antes.
O g1 tenta contatar as defesas dos torcedores investigados para comentarem o assunto.