Casa parcialmente desabada após terremoto na cidade de Oosaki, na província de Kagoshima, em terremoto que atingiu ilhas do sul do Japão em 8 de agosto de 2024. — Foto: Kyodo News via AP
Um terremoto de magnitude 5,3 atingiu nesta quinta-feira (9) os arredores de Tóquio, no Japão, após o governo japonês ter emitido uma alerta por risco de um "megaterremoto" em todo o país.
Na quinta-feira (8), a Agência Meteorológica do Japão emitiu um alerta sobre o risco de um megaterremoto e de tsunamis na costa do Oceano Pacífico do país. O aviso aconteceu horas depois de um terremoto de magnitude 7,1 atingir a ilha de Kyushu.
O tremor registrado nesta sexta teve epicentro na província de Kanagawa, perto da capital Tóquio. O terremoto também teve profundidade de 10 km (6,2 milhas), disse a Agência Meteorológica do Japão (JMA).
Embora os danos às áreas mais próximas do epicentro não tenham ficado imediatamente claros, o primeiro-ministro Fumio Kishida disse que o governo não recebeu nenhum relato de grandes danos, falando em seu escritório em Tóquio logo após o terremoto.
Kanagawa não fica na zona oeste ao longo da costa do Pacífico conhecida como Nankai Trough, que foi especificada no aviso de quinta-feira sobre um megaterremoto com magnitude 8 ou superior.
Nenhum alerta de tsunami foi emitido depois que o governo enviou fortes alertas de tremor para moradores de Tóquio e prefeituras de Kanagawa, Saitama, Yamanashi e Shizuoka.
Algumas linhas de trem, incluindo os serviços ferroviários de alta velocidade 9022.T Shinkansen da Central Japan Railway, interromperam as operações em regiões próximas a Tóquio e Kanagawa.
Não houve relatos de danos na usina nuclear de Hamaoka, em Shizuoka, e nas usinas térmicas de Kanagawa, informou a emissora pública NHK.
O aviso da agência meteorológica alerta sobre a maior probabilidade de um grande terremoto na chamada fossa de Nankai, uma trincheira no fundo do oceano ao longo da costa do Pacífico do Japão, informou a agência. O local já registrou terremotos anteriores que desencadearam tsunamis.
O aviso, no entanto, não indicou quando o terremoto poderá acontecer, mas incentivou as pessoas a estarem preparadas para evacuar prédios e casas, se necessário.
Conforme a agência, com base em informações do Ministério da Infraestrutura do Japão, estima-se em 70% a 80% a probabilidade de um terremoto de magnitude 8 ou 9 ocorrer ao redor da fossa nas próximas três décadas.
De acordo com uma estimativa recente do governo, divulgada pela emissora japonesa NHK, no pior cenário, ele poderia causar mais de 230 mil mortes e destruir cerca de 2 milhões de edifícios.
Devido ao alerta, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, cancelou o plano de visitar a Ásia Central nesta sexta-feira (9) e decidiu liderar medidas de precaução. A agência apontou que o aviso do terremoto sem precedentes na costa do Pacífico era maior que o habitual.
"Decidi permanecer no país durante a próxima semana para garantir que nossos preparativos e comunicações estejam em ordem", disse Kishida em uma conferência de imprensa, embora o aviso não tenha fornecido um prazo específico nem solicitado evacuações.
"É a primeira vez que é emitido e acredito que as pessoas ficaram ansiosas em relação a isso", acrescentou. "Consequentemente, decidi cancelar minha visita planejada à Ásia Central e à Mongólia", explicou.
Fonte: g1