O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse não acreditar que o presidente russo, Vladimir Putin, buscaria vingança contra Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner.
“Tenho certeza de que Prigozhin está livre. Conversamos várias vezes por telefone. Ontem, depois do almoço, conversamos com ele por telefone e apenas discutimos… novas ações do Wagner.”
Lukashenko disse anteriormente que Prigozhin, que não era visto em público desde 24 de junho, estava agora na Rússia, apesar de uma alegação anterior de que seria exilado em Belarus.
Falando em uma coletiva de imprensa em Minsk na terça-feira (4), ele disse: “O que acontecerá com Prigozhin a seguir? Bem, tudo acontece na vida. Mas se você acha que Putin é tão malicioso e vingativo que vai ‘matar’ Prigozhin amanhã – não, isso não vai acontecer.”
Putin conhece Prigozhin “muito melhor do que eu”, disse Lukashenko.
“Você tem que entender que Putin conhece Prigozhin muito melhor do que eu e o conhece há mais tempo do que eu, cerca de 30 anos, já que ambos viveram e trabalharam em São Petersburgo. Eles tinham relações muito boas um com o outro, talvez até mais do que isso.”
Após a insurreição abortada de Prigozhin e a intervenção de Lukashenko, o Kremlin divulgou o relacionamento de Lukashenko com Prigozhin.
“O fato é que Alexander Grigoryevich [Lukashenko] conhece Prigozhin pessoalmente há muito tempo, há cerca de 20 anos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em 24 de junho.
“E foi sua proposta pessoal, que foi acordada com Putin. Somos gratos ao presidente de Belarus por esses esforços.”
(Por Matthew Chance e Anna Chernova, da CNN, Katharina Krebs e Mick Krever)